Vivendo em uma cidade onde as pessoas fariam de tudo por um momento de fama, Mitch leva sua vida da forma mais anônima possível enquanto trabalha em uma cafeteria escondida na grande Hollywood. Sendo filho de uma grande atriz que faria coisas impossíveis e sujas para conseguir grandes papéis, o jovem resolveu fugir de seu passado e viver o mais longe possível de todo o caos.
Ele não esperava, entretanto, que ao servir um simples espresso para um latino viciado em alfajor, sua vida mudaria de cabeça para baixo ao descobrir que o homem — um importante diretor em ascensão — viria dia após dia na intenção de convencê-lo a aceitar ser o protagonista do seu próximo grande sucesso.
Um momento crucial da história acontece quando Mitch revela ser uma pessoa transgênero a Pablo, momentos antes de irem juntos para a cama. A reação de Pablo é um exemplo de como todos deveriam agir: ele leva a revelação numa boa, faz perguntas pertinentes e respeitosas, demonstrando um genuíno interesse em entender e apoiar Mitch. A naturalidade e o respeito com que Pablo lida com o assunto mostram a importância da empatia e da abertura ao diálogo, tornando essa uma das partes mais tocantes do livro.
As cenas entre os dois protagonistas são de tirar o fôlego, mesmo que o pedido de namoro tenha sido um pouco insosso e sem graça. No entanto, a emoção que permeia o restante da história nos faz esquecer esse pequeno deslize. O livro realmente transmite a vibe do marketing de filmes que vemos com muitos atores hoje em dia, trazendo uma reflexão interessante sobre a busca por fama e identidade em um mundo tão competitivo.
“Luz, Câmera e Alfajor” é uma leitura envolvente e repleta de reviravoltas, com personagens cativantes que nos fazem torcer por eles a cada página (mesmo que Pablo tenha sido um completo babaca em certo momento). Se você está procurando uma história que combina romance, drama com cenas quentes e uma crítica à indústria do entretenimento, este livro é a escolha perfeita!
