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Entrevista com o autor Arthur Santos, do conto Amarelo Manga

Trazendo toda a brasilidade e representatividade LGBTQIAPN+ que gostamos de ver em obras fictícias, Amarelo Manga é o conto de estreia do mineiro Arthur Santos. Sendo um Boys Love com referências de “Heartstopper” e “Com Amor, Simon”, estaremos lendo um pouco sobre como Conrado, um jovem que acabou de se mudar para a famosa Ouro Preto, se apaixona por Luc, um turista francês que ama viajar.

E finalmente pude falar um pouquinho com Arthur, que quis passar tudo o que ele tem de melhor da sua criatividade para a escrita! Vamos descobrir um pouquinho tanto de sua personalidade quanto de Amareo Manga.

Me conta um pouco mais sobre quem é o Arthur.

Eu sou formado em Publicidade e Propaganda e Design Gráfico. Desde pequeno, sempre tive um amor por leitura. Eu morava perto de uma biblioteca pública e amava frequenta-la, além da biblioteca da minha escola. Amava aulas de literatura, português, redação… Fui crescendo e nesse meio tempo me apaixonei por design, depois ingressei no curso de Publicidade, onde voltei a me arriscar na produção de conteúdo, desta vez, literário.

E a ideia de escrever um livro veio de onde? Acha que a produção de conteúdo literário te ajudou nisso tudo também?

Eu já vinha fantasiando com essa ideia há um tempinho… Eu tenho a escrita muito como uma coisa de dar vazão à sentimentos que não consigo falar sobre. Quando comecei a produzir conteúdo nas redes, a Marianna, CEO da minha editora, me apresentou a proposta de escrever Amarelo Manga e eu me apaixonei no mesmo instante. Então acredito que sim! A produção me ajudou muito e deu esse empurrãozinho que eu precisava para criar coragem rsrs

E a motivação principal pra escrever, qual foi?

Eu tenho uma imaginação fértil (até demais hahaha) então, a ideia da liberdade de poder criar uma história onde eu seria livre para explorar várias realidades me motivou. Amarelo Manga acabou sendo um compilado de coisas que eu vivi, que eu gostaria e me imagino vivendo, de coisas que eu não me vejo vivendo… Poder, de alguma maneira, tornar essas fantasias reais, me deu um gás para poder escrever essa história

E como foi o processo de escrita? Fiquei sabendo que foi um pouco caótico hahahahah

EU SOU EXTREMAMENTE ANSIOSO HAHAHAHA! 

No começo, Amarelo Manga estava tendo um tom EXTREMAMENTE dramático, completamente diferente. Ao perceber isso, eu dei uma leve surtada haha. Eu tenho o péssimo costume de me sabotar, de sempre achar que não está bom o suficiente, então isso acabou atrapalhando muito o processo. Mas com o tempo eu consegui achar o equilíbrio e o processo foi fluindo. O começo foi extremamente caótico, mas olhando agora foi importante para o processo haha.

E o conto está aí como sua obra de estreia, né? Tem projetos futuros depois dele já? Livros mais longos por exemplo, ou algo diferente?

Sim!!! Já estou estudando essa possibilidade. Eu espero muito que Amarelo Manga seja apenas o começo. E é engraçado porque durante a escrita dele e até depois, fui tendo várias ideias que acabaram não combinado com a narrativa dele, mas que estão guardadas para, quem sabe, serem trabalhadas em outros projetos…

E agora que você se lançou no mercado literário, já está tendo uma noção de quais são os maiores desafios? Como está lidando com tudo?

Do mercado em si ainda não, tive algumas complicações mais no processo mesmo de Amarelo Manga. Eu estou tentando lidar da melhor maneira possível, apesar da ansiedade haha… Receber os primeiros feedbacks, resenhas, parcerias, ENTREVISTAAAS haha, tem sido incrível para mim. Quero aproveitar isso ao máximo

E o título, de onde surgiu?

O título veio junto com a proposta apresentada pela Marianna e não poderia ser um título melhor. O amarelo faz alusão à sede de algo, ao desejo, o que acabou combinando muito com o arco do Conrado e do Luc, e a cena da mangueira é, para mim, uma das cenas de maior tensão e paixão no conto

Em quem você se inspirou para a criação do Conrado e Luc? Como foi a construção desses personagens?

Conrado e Luc são minhas versões hahaha. Por ser minha primeira vez, quis me colocar nesse lugar de “personagem” para poder conseguir fazer uma construção melhor para eles. Tem características minhas que Con tem, outras dei para o Luc, algumas que eu gostaria de ter mas não tenho. Tem um pouquinho de mim ali nos dois.

E por último, manda pra mim a sua citação favorita do conto! Aquela que você acha que pode fazer alguém se interessar a ler.

“Nossos dedos se encontraram no meio do caminho para pegá-la. E aquele toque inesperado de uma ponta de pele percorreu todo o meu corpo. Um contato sutil, mas carregado de uma tensão que fazia o ar parecer vibrar ao meu redor. Seus dedos eram quentes, sua pele macia… Ele sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo doce e predador, como se estivesse saboreando cada segundo daquele contato…”

Além de ser o começo do encontro deles, é uma cena que transmite mais ou menos a ideia do Conrado ser super emocionado e Luc já ser esse ícone que flerta o tempo todo hahahaha (como disse, os personagens são um pouquinho de mim rsrs)

Acompanhe o Arthur nas redes sociais, onde além de postar novidades sobre seus livros e escrita, ele cria conteúdo literário em geral:

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